Saturday, September 12, 2009

Eu e Tarantino

Sonhei que tinha me deparado com a feia figura que é Quentin Tarantino em um hotél que parecia uma casa malassombrada (?). Não me lembro exatamente se estáva-mos falando em inglês ou em português, mas lembro que eu ficava falando dos filmes dele, principalente Inglorious Basterds, Death Proof e Pulp Fiction.

Depois Quentin foi embora com a promessa de me dar uma emprego de assistente de playwriter (essa parte bem que podia ser realidade, hein?) e o sonho mudou para uma peça de teatro muito louca meio Fantásma da Ópera meio Entrevista com o Vampiro...

Engraçado, o sonho pareceu levar horas (provavelmente levou pouco mais de 1 hora durante meu sono REM), mas agora, tentando escrever sobre ele, pouca coisa ficou...

Sonhos escapam da memória como fumaça.

Thursday, September 10, 2009

Diana, conquistando Austin para dominar o mundo

Entre (kilos de) deveres de casa de calculo I, litros de capítulos para apreciação musical e vários CDs com músicas que variam entre cantos indíginas (norte-americanos), e variações esdrúxulas do hino nacional dos EUA, passando por canto gregoriano, para ouvir como trabalho (o que não é necessariamente um passa-tempo divertido), e quilômetros de livros e jornais para midia de comunicação em massa, meu tempo vai indo embora mais rápido do que eu posso dizer "porra, pra que diabos eu vim pra faculdade? vou virar vendedora de churros que é melhor pra mim",

eu, masoquista que sou, ainda saio perseguindo editores de jornais e presidentes do Governo Estudantil e diretores de trabalho voluntário.

O que eu ganhei nessa minha empreitada: um artigo e uma coluna (com direito a foto minha no cabeçalho) para segunda feira (junto com meu dever de casa de calculo, haha...), uma possível vaga como membro do senado de um dos campus, e um monte de "x" no meu calendário (ou melhor, pontos no meu calendário do iPhone, porque sou moderna).

Mas tudo bem, porque tudo isso vale a pena se a alma - e os envelopes que vou receber das universidades para as quais mandarei meu formulário de transferência - não forem pequenos (lembrando que o pacote da universidade gordo significa que eu fui aceita, e o fino significa "obrigada pela tentativa de delícia, mas tem uns 300 melhores que você na sua frente, tente novamente mais tarde assim que seus neorônios criarem laços afetivos mais fortes").

Pra falar a verdade, meu artigo é totalmente inútil e sem graça, sobre o novo estacionamento de um dos campus. Legal, hein? Mas farei deste limão uma marguerita agora, com a qual brindar a minha vitória acadêmica no futuro.

Pra falar a verdade, foi legal plantar tocaia na frente do estacionamento e emboscar os alunos desavisados, fazendo perguntas enquanto os seguia até seus carros... E o segurança se mostrou muito brother, me dando todos os detalhes e me tirando da frente da passagem das caminhonetes (texano adora uma caminhonete)...

Amanhã emboscarei a diretora do campus para entrevistá-la... Ela não me escapa =D

Minha coluna (a qual minha foto enfeitará) é sobre meu primeiro jogo de futebol americano, e de repente os meus posts sobre o jogo parecem coisas do destino. Pra falar a verdade, a editora-chefe do jornal adorou a idéia. Sou gênia.

Começarei a escrever meus artigos agora (mas não escreverei mt, porque corro o risco de desmaio no teclado) e amanhã calculo 1 + artigo + coluna me esperam.

Me sinto... exausta (mas deve ser a gripe), porém animada (devem ser as espectativas de delícia acadêmica).

beijovouescreveratéminhamãodesistirdemecher

Monday, September 7, 2009

Go Longhorns! em Fotos

7 de Setembro

Ai, ai que saudade eu tenho da Bahia
Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia
"Bem, não vá deixar a sua mãe aflita
A gente faz o que o coração dita
Mas esse mundo é feito de maldade e ilusão"
Ai, se eu escutasse hoje não sofria
Ai, esta saudade dentro do meu peito
Ai, se ter saudade é ter algum defeito
Eu pelo menos, mereço o direito
De ter alguém com quem eu possa me confessar
-Dorival Caymmi

Neste dia, não pule deixar de hastear minha bandeira (quem tiver uma lupa, verá que a bandeira na verdade é minha canga, mas tá valendo).

Na Cova dos Republicanos


A caminho do jogo de futebol (anti-ontem) me deparei com um galerê amontoado na porta da sede do governo do Texas (a Casa Bege)... Perguntei ao motorista do buzu, qual a causa da comoção, e ele me respondeu com um simples dar de ombros - de quem vê manifestação na frente do Governo todo dia - e um conformado "this is the right of free speech"

Mesmo com a resposta vaga do motorista do buzu, eu já imaginava que devia ser alguma palhaçada da direita agreste aqui do Texas, mas não dava pra ler os cartazes de longe... Então eu, com meu espírito curioso baixado no corpo, resolvi adentrar a cova dos Republicanos (meio que já sabendo aonde estava me metendo, mas curiosidade mórbida mata... literalmente, porque Texano gosta de andar armado).

Chegando lá não me decepcionei:






Além disso, basta dizer que escutei a seguintes pérola: "Só que morre por falta de Plano de Saúde (nos EUA) é sem-teto, desempregado e imigrante ilegal". Conclusão de Diana: Então pobre pode morrer, com tanto que os Republicanos não paguem mais impostos... Tá, né?

Depois dessa eu desisti de "entrevistar" (leia-se abusar) a direita raivosa, e resolvi me ir pra meu hoje, onde pude vivenciar um outro lado do espírito texano...

Apezar dos pezares, tive uma epifania no meio dos leões da direita: se a vida de jornalista concistir em (a) abusar os outros, (b) enquanto espremo a verdade deles na marra e depois (c) detono os malucos num artigo, minha vida de jornalista vai ser muito divertida.

Saturday, September 5, 2009

GANHAMOS DE 59X20!

No estádio só deu laranja. Não se via nem um pontinho vinho (cor do LA-Monroe) e o time visitante já entrou em campo sentindo a pressão da torcida animada (demais, até, beirando a conduta anti-desportiva).

Entre a banda da UT, gritos de guerra (T-E-X-A-S TEEEEEEEEEEEEEEEXAS, FIGHT!), cheerleaders, Bevo (o mascote que é um boi de chifres longos (o nome do time é Texas Longhorns, meio na cara) que de fato era um boi, boi... o animal, não um cara fantasiado de boi), e o time em si, os Louisianos (?) foram sendo intimidado e massacrado de todas as maneiras possíveis.

Não contentes em marcar 45x13 no primeiro tempo, os Longhorns continuaram trucidando como se não houvesse amanhã (sério... corpos voando) e a torcida não teve dó, gritando, aplaudindo e fazendo barulho em geral, como se cada jogada fosse a jogada da vitória (e como se não estivesse mais que na cara que os Longhorns iriam ganhar de longe mesmo).

Ganhar é bom... mas massacrar o adversário? No final, pra mim, ficou parecendo que, tanto o time quanto a torcida, estavam dançando a macarena por cima do corpo dos pobres derrotados. Só conseguia me lembrar do fatídico episódio da Ilíada, quando Aquiles mata Heitor (em vingança a Patroklus) e, não satisfeito, amarra o corpo da pobre alma na biga e fica dando voltas na frente da muralha de Tróia, enquanto o pai, a mãe, a esposa, o filho, em fim, todo mundo da família, assitem à atrocidade. A única diverença é que não tinha nenhum vinhozinho na torcida, pra assistir a destruição iminente dos Monroe... no final, de caspideira firacam o técnico e o pessoa de apoio do time perdedor.

Eu juro, se eu não estivesse toda de laranja e gritando (timidamente) "Go Longhorns" desde 2 horas da tarde, eu ficaria até tentada a torcer por uma virada.

Amanhã colocarei fotos e contarei mais detalhes do pré, pós e do jogo propriamente dito. Por hoje é só, pessoal, que o esquema é bruto e o dia foi mais longo que a Sapucaí...

Go Longhorns!

Faz algum tempo eu escutei a seguinte frase: "no Texas, futebol (americano) é uma religião". Depois de um pouco mais de duas horas nas festas de rua que tomaram contam das redondezas do estádio, é impossível duvidar dessa verdade.

Nas ruas, a cor é laranja, nos carros a cor é laranja e quase ninguém ficou em casa. Quem ficou (se é que alguém) foi pra assistir o jogo na televisão. O incrível, também, é que o espírito cowboy foi atissado pelo jogo: chapéus e botas por toda parte, música country ao vivo e em todos os "carros de som".

Austin nunca foi mais Texas do que agora, antes do jogo contra Louisiana Monroe.

Fotos e vídeos no meu twitter (link ao lado direito). Adeus que agora eu vou pro estádio.


Postando do iPhone

Friday, September 4, 2009

Inglorious Basterds, do jeitinho que a gente gosta

Quentin Tarantino conseguiu de novo: depois que assisti Death Proof eu lembro de ter pensado "é isso, esse filme é a obra prima de Tarantino, não dá pra fazer melhor" mas, só pra me desmentir, o "bastardo" conseguiu.

Fotografia fantástica, personágens incríveis, atuações impagáveis mergulhados em sangue (daquele sangue Tarantino, meio com cara de tinta misturado com ketchup)... muito sangue.

Além disso, nota 10 pra Tarantino por ter respeitado as culturas alheis: os franceses falam francês, os alemães falam alemão e os americanos e ingleses falam inglês. Ao contrário da novela da globo, onde todo mundo do mundo fala português, com sutaque de carioca ainda por cima.

Brad Pitt não ganhou o Oscar por Benjamin Button, mas em Inglorious Basterds ele passou dos limites da boa atuação e veio mais uma vez pra provar que não é apenas um rostinho bonito (até porque ele já está passando da validade e ainda continua excelente ator... e eu nunca vi ele tão feito quanto neste papel de Lt. Aldo Raine. Se Oscar fosse uma premiação séria, com certeza seria a vez de nosso caro amigo Brad.


"My name is Lt. Aldo Raine and I need me eight soldiers. We're gonna be dropped into France, dressed as civilians. We're gonna be doing one thing and one thing only: killing Nazis. Members of nationalist socialist party conquered Europe through murder, torture, intimation, and terror. And that's exactly what we're gonna do to them. We will be cruel to the Germans and through our cruelty they will know who we are. They will find the evidence of our cruelty in the disemboweled, dismembered, disfigured bodies of their brothers we leave behind us and the Germans will not be able to help themselves from imagining the cruelty their brothers endured at our hands, at our boot heels, and the edge of our knives. And the Germans will be sicken by us, the Germans will talk about us and the Germans will fear us. Nazis ain't got no humanity! They need to be destroyed. Each and every man under my command owns me one hundred Nazi scalps... and I want my scalps! "

Além do mais, um dos meus atores alemãos favoritos, Till Schweiger, é um basterd e espero que esse filme faça a carreira dele decolar de maneira definitiva.